sábado, 13 de agosto de 2011

A igreja dos intocáveis

Já algum tempo vinha evitando falar de religião aqui no blog, sei que vai chover críticas e algumas pessoas vão me odiar gostar menos de mim ( mas como quase ninguém lê isso aqui, nem comenta, vamos ver se dá repercussão ).

Achava, acho e que continuarei achando a igreja evangélica ( ou seus discípulos - quero dizer, a maior parte deles ) marionetes nas mãos de pastores, como o tal do Silas Malafaia ( um homem escroto, repugnante e homofóbico ) com o qual provavelmente não travaria uma conversa sem mandar "tomar no cú". O pastor Silas se acha no direito de julgar Deus e o mundo pelos seus atos ( literalmente ) aliás, como boa parte dos evangélicos, que além de cuidarem da sua vida, cuidam da dos outros.

Chega a ser inacreditável ouvir um discurso desse homem, zapeando pelos canais, algo me chamou atenção: Derrepente vi uma multidão ( enfurecida ) em Brasília. Isso mesmo, uma multidão de evangélicos ( pra mim, a própria visão do inferno ) gritando palavras de ordem como: "LIXO, LIXO!" ( se referindo ao PL 122 - projeto de lei que defende direitos homossexuais ); não sei bem o teor do projeto, mas a passeata "pacífica", mas parecia o Apocalipse ( realmente quase cheguei a ver as tochas para queimar os deputados que queriam aprovar a lei ).

Esse povo ( me refiro aos seguidores do pastor ) se acham no direito de ditar regras à vida das pessoas, como se fossem o próprio Deus, na verdade, se dizem "pregadores" da palavra de Deus. Mas o que afinal seria a palavra de Deus, pra quem esquece, a biblía incentiva apedrejamento a mulheres adulteras, a escravidão, condenação de quem crê em outros deuses e muito mais. 

É fácil ler trechos da bíblia e condenar o homossexualismo, ninguém para pra ver o contexto, ler trechos de qualquer texto não prova nada. Frases são só frases. Me desculpe quem discorda, mas a bíblia é só um livro, como tantos outros, e não deveria servir de "guia" para a vida. A época era outra, a situação outra, as coisas não se aplicam aos dias atuais.

Silas, em seus discursos, condena veementemente a lei que daria uma proteção extra aos homossexuais; realmente, se os direitos de TODOS os cidadãos são garantidos na constituição, a lei não se faz necessária, a questão é que a realidade não é essa. A religião, no caso dele, serve não só como "pretexto" para criticar quem age de forma errada perante a sociedade, como também para explicar atitudes homofóbicas.

Esse pastor já se mostrou diversas vezes sem nenhum caráter, na verdade é facilmente comprado por dinheiro, ele fala que ele e os evangélicos são perseguidos, ok. Vamos ver: 

Diversos casos de padres acusados de pedofilia, mas o Silas  não acha que é perseguição.Agora, reportagens sobre corrupção nas igrejas evangélicas é perseguição. Ora, o trabalho do governo é perseguir os corruptos, sejam evangélicos ou não.

"Quem desdenha quer comprar". Já ouviram isso? Pois é, o que pensar de alguém que diz amar a todos igualmente, que prega a palavra de Jesus, mas se mostra desrespeitoso com o próximo?

Não sou contra igrejas, não sou contra religiosos, evangélicos ou contra Deus. Cada um crê no que quiser, pelo que quiser, não adianta viver num mundo de fantasia ou tentar dizer que o "gay" é coisa do diabo, antes fosse, e a universal do reino de Deus já teria resolvido o "problema".

Tenho pena de uma sociedade que não está preparada pra ver um beijo gay na "novela das 9", mas pode ver um sendo espancado até a morte.

Ps.: No post, não quero generalizar todos os evangélicos ou religiosos, só falo da maioria que conheço ou vejo. Também não quero incentivar a prática homossexual ou tampouco fazer apologia. Todos merecem respeito e devem ser aceitos como são, não podemos julgar os outros, cada um tem o direito de ser feliz e levar a vida como desejar.

Não é mesmo Jesus?



João 13:34 - "Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros."

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