segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A fecidade das coisas banais

À pouco, estava fazendo provas ( fazer o quê, né? ), pois bem, não pude deixar de fazer uma relação entre um texto poético na prova de literatura e o dia a dia ( na vida "real" ). O texto era de Vinícius de Moraes, uma pena eu não ter conseguido encontrar o texto, mas ele falava da própria poesia. Para Vinícius, fazer poesia é viver, quer dizer, para fazer poesia basta viver, por isso mesmo acontecimentos sem muita importância dariam origem aos melhores textos ( ou poesias ).

A relação que eu fiz, é que: do mesmo modo que para ele, para fazer poesia, basta viver, para mim, para ser feliz, basta viver, ou seja, o que traz felicidade, são coisas banais.

Vou tentar explicar. Parando pra pensar sobre existencialismo e a felicidade, cheguei a conclusão que ser inteiramente feliz é impossível. Claro, não digo que não existam pessoas que se digam felizes, mas daí a ser de verdade, é outra história.

A felicidade não é inteira, ninguém é feliz inteiramente ou se sente 100% completo. Pra mim existe períodos de felicidade, como por exemplo um namoro bem sucedido, aquela promoção que você tanto esperava, ou ter o seu prato favorito na mesa. A verdadeira alegria é composta de coisas sem importância, coisas que para outras pessoas talvez não tenha valor algum, como assistir a sua novela, relaxar no computador ou cantar enquanto toma banho.

Não sou louco de dizer ( nem de pensar ) que dinheiro não traz felicidade, ao contrário, acho que não só traz a felicidade como também compra. Só que, tirando o dinheiro e o prazer de ostentação ( ao qual poucos tem acesso, já que dinheiro não nasce em árvore ) sobram os pequenos momentos do dia a dia que fazem a gente abrir um sorriso de orelha a orelha.

O que me fez chegar a essas conclusões, não foi só a reflexão. Na verdade, é que na minha escola, semana passada, por motivos de muito mal comportamento desconhecidos, recebemos a "avaliação semestral" ( em outros anos não recebíamos nada... ) e nessa tal avaliação, além do resultado de um simulado que tínhamos feito, também vinha a situação do aluno, ou seja, como é o seu desempenho e se ele apresenta algum problema de comportamento.

E adivinha "malandrage"? Não só sou bom aluno, como não preciso melhorar em NADA ( sérias dúvidas nesse aspecto ). Na minha avaliação, vinha dizendo que sou um ÓTIMO aluno, em uma escala entre; ruim, regular, bom e muito bom, sou o melhor! É manolo! ( na verdade, depois do "ótimo" havia o "excelente", mas pra quem não sabe que existe o excelente, ser ótimo é o melhor ). Mano, fiquei feliz da vida.


Fui considerado ótimo! ( Eu sei, senta lá, né?... )

Enfim, ser feliz de verdade, é conseguir o que se deseja, atingir objetivos e claro, não se preocupar com tudo nem levar as coisas muito a sério ( por isso mesmo é que o período mais feliz da vida da gente é na infância ).

Apesar do que aconteceu comigo ter sido só um momento de felicidade, que acabou em dois minutos mais ou menos, ela vai e vem, então quem sabe logo mais, recebo outra notícia boa?

Sei lá, né? Um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar?

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