quinta-feira, 10 de maio de 2012

Como não dar uma festa - Parte 2

Pra entender - Clique aqui. 

Era um belo sábado ensolarado. Acordei cedo e fui logo ligar pra um amigo meu, confirmando tudo, e sabendo se haviam novidades. Tudo na boa, porém, um detalhe crucial havia sido deixado de lado: A comida. Aquela gangue da minha sala comiam feito uns bichos, e se eu não arruma-se alguma coisa rapidamente, era provável que desse em merda (não que não tenha dado...mas enfim). 

Liguei para esse mesmo amigo, insistindo para ele ir no mercadinho comigo, lá perto de casa. Para comprarmos alguns lanches pra galera; biscoitos, salgadinhos, chocolate, refrigerante, essas besteiras. Como bom preguiçoso - e melhor ainda, "arrumador" de desculpas - ele não "podia" ir. Fui sozinho.

Liguei para o meu pai pra avisar que iria comprar algumas coisas, porque afinal, não tinha muito dinheiro. Inventei umas boas mentiras e, resumindo, disse que tinha chamado meu amigo e outra amiga pra assistir um DVD, e só. Comprei as coisas, tomei banho e me aprontei para o grande bacanal momento. A noite chegou e não demorou muito para a galera começar a chegar. No começo, poucas pessoas e sinceramente, uma só conclusão: Decepção. O negócio estava mais monótono do que todos os outros banhos de piscina, simplesmente estava um saco. Não sei ao certo, mas creio que nem muito o que conversar tínhamos mais. Já estava à espera de um milagre, pensei; "Como minha 'grande' festa pode estar uma droga?". 

Deus, Alá, Buda, ou seja qual for a figura mística, resolveu interferir e finalmente o destino me presenteou positivamente. Sim amigos, o milagre chegou. Vou tentar representá-lo por meio de uma foto:

Amiguinhas (se é que vocês me entendem)

Algumas amigas lá da sala chegaram avassalando geral. Eu nem vi por onde elas entraram, simplesmente surgiram dançando em quanto desciam as  escadas (estranho, mas real). Só isso já deu um gás maior pra festa. Primeiro porque dois dos meus amigos estavam "comprometidos" (um ficou no andar de cima com a namorada e o outro de mãozinha dada com seu affair enquanto esperava rolar alguma coisa) e segundo porque eu não sou - definitivamente - um bom animador de festas. Foi só as "minas" chegarem e o lugar logo começou a sacudir.

Estávamos todos muito felizes e muito bem, até que, inesperadamente, uma amiga que irei chamar de Dona contorcionista (não perguntem o porquê), resolveu me ligar:

- Oi Evaristooooooooooo.
- Oi D. Contorcionista! Tu não vem não, é?
- Vou...Mas é porque é assim; minhas primas estão aqui, e eu não posso deixar elas sozinhas. Tem problema se eu levar elas não, né?
- É... É que... Não, quê isso...tem nada não.
- Pronto! Já já eu chego!!!

                                                      Por dentro:

Meu pensamento era: Meu Deus! Mais gente aqui? E que eu nem conheço?! Vai foder é tudo agora.

Enquanto isso, na festa; tentávamos ver um filme, que óbvio, não deu certo. Acho que desistimos uns dez minutos depois. E insatisfeitas sem ter nada pra fazer, as meninas revoltaram-se. Não grandiosamente, mas em relação a não fazer nada. Lá perto de casa, umas duas esquinas depois, tem um centro de macumba (pasmem leitores), chamado "Centro espírita pai Netinho" (que apesar do nome, não se enganem, é de macumba). 

Não sei se fui eu, mas alguém falou isso pra elas e do nada, resolveram ir lá! No  centro de macumba! Vocês tem noção? Toda a rua tem medo de passar em frente de lá à noite e elas simplesmente resolveram ir. Não só foram, como entraram e filmaram um ritual. Quase não acreditei, mas acho que até hoje uma das meninas tem isso gravado. Só dava pra ver umas mulheres vestidas de branco (como baianas) rodando incansavelmente. Também sacrificaram uma galinha e usarem o sangue pra fazer alguma coisa lá, segundo elas.

Claro que a gente ficou chateado, principalmente por terem saído sem pedir. Mas naquela altura, não existiam mais regras. E ainda, em paralelo a esse acontecimento, foram comprar bebidas. Eu sei, eu sei, meu pai falou "Nada de bebidas", mas o que eu ia fazer? Eu falei pra não irem, mas é impossível forçar a alguém a fazer o que você quer.

Finalmente D. Contorcionista havia chegado. Amancebada com as primas, foram todas beber. Daí, foi onde começou a  tão famigerada "brincadeira da dose", que nem sei como funciona. Elas beberam, beberam e beberam.

Agora vamos lá crianças, vou parar o post um pouquinho pra vocês me ajudarem a resolver uma equação:

Adolescentes + Bebidas + Piscina = 

EXPECTATIVA:



REALIDADE:


Acreditem, vocês não vão acreditar. Aguardem o próximo post.

2 comentários:

  1. Isso vai dar o que falar. Teu irmão já conhece essa história?

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    1. Já! HSUHADUHSAUH Tipo, eu tentei esconder, mas ele acabou descobrindo. No início não ligou muito, mas quando descobriu tuuudo que aconteceu...Imagina? KKKKKKKKKKKK Mas ele levou na boa.

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