sábado, 3 de agosto de 2013

ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤㅤ A farmácia Real ♛


¹ Post originalmente feito num momento de desabafo no Facebook. Acabei percebendo que rendia um post aqui no TMA também.

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Eu uso um sabonete de manipulação já faz uns dois anos e meio. Uso de manhã, quando acordo e à noite antes de dormir. Desde quando me mudei pra João Pessoa sempre mandava fazer na mesma farmácia de manipulação, uma no MAG Shopping.

Só que isso só vem me dando dor de cabeça e me estressando pela desorganização de lá. Poxa, até segunda chance eu dei.

Da primeira vez que deu problema, aconteceu o seguinte: Eu mandei fazer o sabonete e a moça me falou que no outro dia, no mesmo horário, poderia voltar para buscá-lo. Ok, fiz o que ela disse e voltei no dia seguinte. Chegando lá ela procurou, procurou, procurou e ao não encontrar nada, me perguntou se eu não tinha ido buscar antes. '-' Não, eu não fui. Então, pra não ter que ir lá de novo, ela ficou de mandar entregar em casa (no mesmo dia). Ok, ótimo.

Passou o dia. Chegou o outro dia e nada. Fui lá de novo (3º vez já, heim?). Cheguei, a moça olhou pra mim com cara de paisagem e perguntou: "Como assim não chegou?". Agora eu lhes digo, se ela não sabia, quem dirá eu. Ela então, concluiu que o laboratório "atrasou" na entrega. E disse que na noite desse mesmo dia iriam mandar deixar.

óbvio que já tava puto, mas sou muito calmo em relação a essa coisas porque sei que às vezes os funcionários não são culpados de absolutamente nada (às vezes, claro). Esperei. Chegou? Não. Veio chegar só no outro dia de manhã.

Prometi pra mim mesmo que não mandaria mais fazer meu sabonete lá porque não queria me estressar e ficar com essa sensação que estão me fazendo de palhaço. Tudo bem. Mas como sou preguiçoso e meu Apartamento é bem próximo do Mag Shopping e o erro havia ocorrido só uma vez, resolvi arriscar.

Fui lá essa semana e mandei fazer o sabonete. Mesma instrução. Estaria pronto no outro dia no mesmo horário. Fui pegar dois dias depois pra garantir. Peguei e tudo certo. Cheguei em casa e deixei o sabonete lá, em cima da mesa do meu computador (como disse, só uso ele de manhã e à noite). Pra minha surpresa, quando fui usar à noite, vi que tinham colocado a porcentagem de peróxido de benzoila à 5%. Só que na receita, e no sabonete antigo, que inclusive foi feito por eles, dizia claramente: 10%. Pra quem pensa que é besteira, pergunta pra quem entende que você vai ver que faz diferença.

Fui lá no outro dia de manhã, levei a receita, o sabonete antigo e mostrei e expliquei a situação. Só por conta desse transtorno já seria motivo pra procurar outro lugar da próxima vez que fosse fazer esse bendito sabonete, mas não, tinha que ter mais coisa.

A moça com cara de taxo, ao constatar o erro, disse que levaria ao laboratório para "consertarem" a porcentagem (ela ficou com a receita, para mostrar o erro ao laboratório). E que eu voltasse à noite. Certo, ok. Só que à tarde, do mesmo dia (que foi hoje), ela me liga e diz:

- Ah...Oi...Evaristo?

- Isso, sou eu.

- Olha é da farmácia *****, é porque eu fui no laboratório e constatei que você sempre comprou o sabonete com a porcentagem de 5%.

Só que como eu disse, isso é MENTIRA. Por isso levei a receita e o próprio sabonete feito por eles pra comprovar a pilantragem.

- Não moça. Eu levei a receita e te mostrei. É 10%.

- É, mas é porque sendo 10%, o valor fica diferente...Tem um acréscimo...O senhor se importa em pagar.
O que eu queria responder:

- CLARO QUE ME IMPORTO, NÉ. PUTA QUE PARIU, CÊS ERRAM E EU QUE VOU ARCAR COM A LAMBANÇA QUE VOCÊS FAZEM??!

O que eu realmente respondi:

- Não, não me importo.

E sabe porque eu respondi isso? Porque não sou eu que vou perder. São eles que perderam um cliente. Pra quê eu ia me alterar (além do mais, tem o Blog², né? UEHAUH). Não adiantaria de nada. Agora que foi sacanagem, foi. Não são R$11,00 que vão me quebrar (foi esse o valor que tive que pagar a mais), mas também não seria o que quebraria eles. Falta de visão e de estratégia.

Eu não volto mais lá.

Ps.: Ah, sim, quando fui finalmente pegar o sabonete, a moça veio com outra história, de que o preço havia sido aumentado, e tava diferente na tabela e..ZZZzzZZzZ roinc. Conversa pra boi dormir. Tsc, tsc.

Ps.²: Não falei o nome da farmácia porque questão de ética e também porque é a única do Mag Shopping, então tá fácil. Mas se querem uma dica, o nome é igual a real em inglês só que trocando o "Y" por "V" UEHUAH

Tchau, galerinha.

¹: Pra vocês saberem de onde o texto veio originalmente. Copiar um texto, mesmo que seu, configura plágio. Então tá aí. :p
²: No texto original era "Facebook" e não "Blog".


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Em busca da estágio perdido

Minha faculdade tá mais pra lá do que pra cá. Nem sei se é de hoje mas sempre achava o Iesp meio deserto. Esse período então...Nem os funcionários estão indo.


Ouve algumas alterações na carga horária e nas cadeiras por culpa de umas proposta do MEC e resumindo toda a história: Agora tenho menos aulas e mais preocupação. Isso porque sumiram cadeiras e ainda fiquei desblocado por conta dessa pilantragem. Ok que as mudanças seriam "inevitáveis", mas pra quem já tá com o curso em andamento, isso não deveria existir, não é?

Bom, continuo na busca incansável de um estágio (na verdade bem cansável sim porque puta que pariu, ô coisinha difícil tá sendo arrumar algo pra fazer). E nesse meio tempo venho acumulando noites mal dormidas, manhãs mal aproveitadas e tardes sonolentas. Digo que também não sei o que fazer pra regular meu sono. Não tenho vontade de dormir cedo porque é a hora da novela mais interessante do dia, além disso, não me esforço e nem tento mesmo me deitar antes da meia noite, então isso que meio não é problema. Pelo menos não até eu arrumar um estágio. Viram? O ~estágio~ é decisivo na minha vida.

Vejam esses gráficos de fácil entendimento e elaboração competente que preparei com muita eficiência:

1º -

Observem que nesse primeiro gráfico vemos Evaristo triste, cansado e vivendo uma vida preguiçosa e sem grandes expectativas. 

Agora vejam esse outro 


Vejam! É notável a mudança em sua face, que agora estampa um belo sorriso! Incrível! Evaristo agora estagia e é feliz com que faz. Aproveitando bem seus dias (inclusive, observem que há um belo ":)" em cada divisão de tarefas diárias.


Comprovem vocês mesmos:

Antes:
): (imagem meramente ilustrativa)














Depois: 
(: (imagem meramente ilustrativa)


















Pois bem, entenderam?

Enquanto nada acontece, continuo na espera. Já mandei currículo pra milhares de lugares e poucos me responderam. Agora é aguardar. Ah, e lembrando que também cozinho, sou acompanhante e se precisar levo até cachorrinho pra passear (caso alguém queira me contratar).

E não se preocupem, manterei vocês a par das novidades. Inclusive gostaria de ter coisas mais interessantes sobre o que falar. Mas ando sem criatividade. Só me passam os mesmos assuntos pela cabeça. Fuem. :~

(inclusive até pediria sugestões, mas ninguém comenta nessa budega, né?)

Até mais, galera.


segunda-feira, 29 de julho de 2013

O castigo nosso de cada dia


A quem diga que pra toda ação há uma reação. Inclusive até os velhos ditados reafirmam essa tese: "Quem com ferro fere, com o ferro será ferido", "Olho por olho, dente por dente"...E outros mais que pela pouca idade não me lembro e pela preguiça, não quis ir procurar.

O fato é que há de se convir que ao menos um castigo sempre recebemos: O da nossa consciência. E isso às vezes atinge realmente a todos. Infelizmente sempre haverão as malditas exceções. Pessoas frias como o gelo e falsas como o frio que se anuncia numa chuva de verão, mas que logo depois traz o calor de volta.

E sem sensibilidade é impossível sentir (óbvio, não é?). Quero dizer, a consequência dos atos tomados atinge à todos, entretanto, só quem é sensível a ponto de aprender com os erros, se redimir e aceitar as lições resultantes do acontecimento é que conseguem extrair a importância do "castigo". Os outros simplesmente seguem a vida com o discurso de "não sei porque isso acontece comigo". E não em tom de brincadeira ou piada (eu mesmo vivo me repetindo isso em situações estranhas, como a do caronista, por exemplo, mas levo na esportiva e entendo que apesar de incomuns, são coisas que podem acontecer com qualquer um ou eu mesmo posso ter provocado aquela situação). 

Mas "os outros", os outros não...Esses carregam o mundo todo nas costas e são incapazes de vislumbrar a beleza de coisas simples como aproveitar o dia e descansar no fim dele com a mente limpa e tranquila no travesseiro. Preferem culpar a o mundo e as pessoas ao seu redor pelas coisas das quais foram os únicos responsáveis. Não admitindo sua culpa, costumam ficar em tom ostensivo destacando o quanto é sofrível sua existência e o quanto não importa o seu esforço, no fim, tudo extinguir-se-á.

Sabem, eu já fui um deles. Já fui E X A T A M E N T E assim. Em letras garrafais que é pra eu não me esquecer. 

As coisas não acontecem por acaso. Ou melhor, acontecem sim, mas o acaso não é quem comanda sua vida. Tome as rédeas dela e faça a diferença. Pode demorar e provavelmente irá. Mas impossível não é. 

Ah, não é mesmo.



Ps.: Nem gosto de Chorão, mas a letra da música condiz com o que eu queria dizer. E é legalzinha. :p

Ps².: O post ficou completamente autoajuda, né? Não era a minha intenção. Quando vi, já tava assim. :-/

Ps³.: Mas não se preocupem. Em breve, programação normal.

Abraços, Cão da Neve.

domingo, 28 de julho de 2013

Mostre-me

Era o primeiro dia de aula do 5º período da Faculdade. Alexandre glorifica a Deus por estar mais perto de se formar a cada dia que se passava. Não só por querer logo se formar ou entrar no mercado de trabalho, afinal, sempre trabalhou, coisa que aliás, achava insuportável. O real motivo de Alexandre ter passado a odiar a Faculdade era a convivência conturbada com seus colegas e professores.

Foi assim também na escola. Certamente seria assim também na Faculdade e muito provavelmente será assim em quaisquer circunstâncias da sua vida. Ele não sabia qual o motivo daquilo, não conseguia compreender as razões que o levavam a se atingir e atingir os outros. Apesar de se sentir triste e deveras melancólico, Alexandre aprendeu a conviver com esse sentimento. E diferente do que pensa a maioria, esse é o maior desafio. 

Conviver com os demais torna-se tarefa fácil quando aprendemos a controlar nossos impulsos e emoções.

Acostumado com o ambiente e já despreocupado com o que outros poderiam achar ou "desachar" dele, resolveu sentar-se no banco afastado alguns metros do bloco do seu curso. Já era de costume. Poucos o cumprimentavam, e mais raro ainda, poucos com ele falavam. Só quando necessário ou quando tinham algum interesse. Atividades, provas e trabalhos. Nesse momento, as mentes de seus colegas sofriam de amnésia retrógrada e tornavam-se aptos a chamá-lo de amigo, parceiro e coisas do gênero. Mas Alexandre já havia aprendido a dizer não, finalmente havia.

Sentado, olhando para a tela do seu celular apagada, ele fingia fazer algo. Só que como uma gota que transborda um copo d'água e causa o caos, Arlequina apareceu quebrando a calmaria e o silêncio do local. A garota acabara de chegar na Faculdade. Na cidade também. E o principal: Na vida de Alexandre.

Ao perceber a presença de um rosto novo, Alexandre resolveu olhar se haveria algo de diferente nessa "menina". Nada, não sentiu nem viu nada. Absolutamente nada. Ela entretanto, ao sentar-se no banco, não podia esconder o entusiasmo e euforia de iniciar uma nova vida. Arlequina também o fitou nos olhos. Não pensou duas vezes:

- Bom dia!

Alexandre estava perturbado. Como ela ousava lhe dirigir a palavra daquela maneira? Nem ao menos se conheciam ou haviam sido apresentados anteriormente. Tímido, como ele, jamais esperaria alguém agir daquela forma. O que é considerado um simples encontro casual, causava espanto ao jovem rapaz. Porém, num súbito ato de sociabilização, ele disse:

- Oi, bom dia.

Nem ele poderia acreditar. Como havia respondido-a? Pra quê? E porque? Estaria fadado a mais uma decepção, a apenas isso. Como todos os outros, ela em breve o ignoraria.

- Ah, meu nome Arlequina! Respondeu mais entusiasmada e curiosa.

E diferentemente do que suponha Alexandre, Arlé (como gostava de intimamente ser chamada), sabia muito bem que ele não era apenas mais um. Ela podia sentir sua aura e seu corpo e espírito gritando por socorro. Ela apenas o queria confortá-lo.

- Bom, e o seu?! Arlé perguntou. Percebendo que dizer seu nome não o alertou sobre a máxima que corrobora com a norma de etiqueta que diz que quando alguém se a presenta a você, deve-se apresentar-se de volta.

- Alexandre. Respondeu o "garoto", visivelmente incomodado com a presença da moça.

Arlé havia percebido. Não era difícil notar isso, aliás. Apesar de tentar, Alexandre nunca foi bom em disfarçar seus sentimentos. Ao contrário, suas reações e rosto expressivo entregavam facilmente os pensamentos que corriam soltos por sua mente.

Ela o olhou mais profundamente que da primeira vez, aproximou-se, e arrastando o vestido rosa de tecido fino pelo banco enquanto se movia, perguntou:

- Porque você é assim?

Alexandre ficara transtornado. Não podia acreditar no que ela acabara de fazer. Como alguém tem a coragem de chegar em outra pessoa e perguntar "porque você é assim", pensava. Ao franzir a testa, entregava sua chateação e demonstrava o quanto aquela pergunta havia o incomodado.

Ele pensou em um milhão de respostas possíveis. Atacar a família, talvez? "Sua mãe não te deu educação não, garota?", mas falando assim, ele seria o mal educado, contestava a si mesmo. Poderia portanto tentá-la atingir diretamente "Quem você pensa que é?". Mas Alexandre não era do tipo soberbo. Não faria tal pergunta, afinal, quem ele era? Quem sabe atacá-la por sua ousadia ou destemperança? "Eu não te conheço, de onde você quer tirar essa intimidade". Mas dessa forma soaria como uma garota, cogitou.

Ele poderia e na verdade pensou em um milésimo de segundo, em muito mais de um milhão de respostas. Mas Alexandre viu que nenhuma se encaixava com a verdade. Ser grosseiro não o ajudaria, cismou. E respondeu a única coisa que realmente não gostaria de dizer. Mas que, indubitavelmente, era a verdade:

- Não sei.

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